Distribuição de preservativos nas cadeias é irregular e ineficaz
O Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA disse, esta quarta-feira, que a distribuição de preservativos nas prisões é irregular e ineficaz, enquanto o director nacional para o controlo da infecção admitiu ser este um assunto a discutir.
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País VIH/SIDA
O presidente do Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT), Luís Mendão, e o director do Programa Nacional para o Controlo da Infecção VIH, António Diniz, participaram, hoje, numa acção para assinalar o Dia Internacional do Preservativo e estiveram, com outros activistas, em parceria com a AIDS Healthcare Foundation/Love Condoms Campaign, do Chapitô, nas escadarias da Assembleia da República, para entregar preservativos a vários deputados da Comissão de Saúde.
“A situação actual é que, nalgumas prisões, existe distribuição de preservativos, mas, na maioria das prisões, não existe, e não existe, mais uma vez, porque os preservativos obrigam a que a pessoa assuma, perante as autoridades da cadeia, que tem de levantar os preservativos”, denunciou o presidente do Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA (GAT).
Perante alguns deputados da Comissão de Saúde, Luís Mendão disse que está a acontecer com a distribuição de preservativos o mesmo que aconteceu com a distribuição de seringas.
“Houve pelo menos três mortes por overdose com seringas entre as pessoas presas e, de facto, o programa foi mal elaborado e desenhado para ninguém poder aderir”, acusou o presidente do GAT.
Na opinião do presidente do GAT, isso aconteceu por causa da “auto-incriminação dos reclusos”, ou seja, da obrigação em assumir o pedido das seringas, sem qualquer confidencialidade.
Luís Mendão defendeu que a troca de seringas deveria ser feita nas instalações de saúde, sob segredo profissional, e alertou para o facto de continuar a existir quem precisa de material seguro de injecção, apesar de haver menos pessoas a injectarem-se nas prisões.
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