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Kivexa

O que é o Kivexa®?

O Kivexa® é um medicamento usado no tratamento da infeção pelo VIH. É a combinação de dois medicamentos antirretrovirais num único comprimido, de toma diária e em conjunto com outro medicamento antirretroviral.

Combina 600mg de abacavir e 300mg de lamivudina num comprimido de cor laranja em forma de cápsula. Os comprimidos têm “GS FC2” num dos lados.

Como funciona o Kivexa®?

O Kivexa® combina dois antirretrovirais num único comprimido. O abacavir e a lamivudina pertencem a uma classe de medicamentos chamada INTR (inibidores nucleósidos da transcriptase reversa).

O médico irá prescrever Kivexa no âmbito do tratamento antirretroviral e em conjunto com um antirretroviral de outra classe de medicamentos. É importante tomar todos os medicamentos tal e qual foram prescritos e todos os dias.

Cada classe de medicamentos combate a infeção pelo VIH de uma forma diferente.

O objetivo do tratamento antirretroviral é reduzir o nível de VIH (a “carga viral”) no organismo até este ficar indetetável – o que geralmente corresponde a 50 cópias do vírus por ml de sangue. Estar sob tratamento antirretroviral e ter carga viral indetetável protege o sistema imunitário e reduz o risco de transmissão da infeção.

Como devo tomar o Kivexa®?

O Kivexa® deve ser tomado uma vez por dia e com água. Pode ser ingerido com ou sem comida.

O tratamento antirretroviral resulta melhor se for tomado diariamente. Se se esquecer de o tomar, tome-o o mais depressa possível. Se estiver quase na hora da dose seguinte, não tome uma dose dupla: limite-se a saltar uma dose da qual se esqueceu e continue com a rotina normal.

Se se esquecer regularmente do tratamento ou se não o estiver a tomar por outro motivo, é importante falar sobre isso com o médico.

Reação alérgica

O abacavir pode causar uma reação de hipersensibilidade (alergia) grave. Esta reação está associada à presença de um gene em concreto. Antes de iniciar o tratamento com Kivexa® (ou qualquer outro tratamento que inclua abacavir) deve-se fazer um teste para perceber se se tem esse gene (HLA-B*5701). Se o teste for positivo, não se deve tomar abacavir. Se o teste for negativo, é improvável que venha a ocorrer uma reação alérgica, mas deve-se entrar imediatamente em contato com o serviço de infecciologia (ou a urgência hospitalar) se se começar a sentir mal após o início da toma do medicamento.

Na caixa do medicamento consta um “cartão de alerta” que deverá ser transportado durante as primeiras semanas de toma de abacavir. Neste período, deve-se estar atento aos seguintes efeitos secundários:

  • um rash na pele

ou se surgir um ou mais sintomas de pelo menos dois dos seguintes grupos:

  • febre
  • dificuldade em respirar, dor de garganta ou tosse
  • náusea ou vómitos, ou diarreia ou dor abdominal
  • grande cansaço dores ou uma sensação geral de mau estar.

Se se teve anteriormente uma reação alérgica ao abacavir, não se deve voltar a tentar tomar o medicamento.

Quais os efeitos secundários do Kivexa®?

Todos os medicamentos têm possíveis efeitos secundários. Deve-se falar com o médico, enfermeiro ou farmacêutico sobre o que esperar quando se começa a tomar qualquer medicamento, bem como perceber como gerir quaisquer efeitos secundários que surjam.

Uma lista completa de efeitos secundários, incluindo os menos comuns, pode ser encontrada na bula que vem com o Kivexa®.

Os efeitos secundários podem ser descritos da seguinte forma:

Comuns: um efeito secundário que ocorre em pelo menos uma em cem pessoas (mais de 1%) que tomem este medicamento.

Raros: um efeito secundário que ocorra em menos que uma em cem pessoas (menos de 1%) que tomem este medicamento.

Os efeitos secundários mais comuns no Kivexa® são reação de hipersensibilidade, dor de cabeça, náuseas e vómitos, diarreia, dor de estômago, perda de apetite, cansaço, falta de energia, febre, sensação geral de mau estar, dificuldade em dormir, dor muscular e desconforto, dor nas articulações, tosse, nariz irritado e coriza, rash de pele e perda de cabelo.

O Kivexa® interage com outros medicamentos?

Deve-se falar sempre com o médico e farmacêutico sobre quaisquer outros medicamentos que se esteja a tomar. Isto inclui qualquer medicamento prescrito por um médico, medicamentos comprados na farmácia, tratamentos ervanários e alternativos e drogas recreativas.

Alguns medicamentos não devem ser tomados em conjunto – a interação pode dar origem a um aumento perigoso dos níveis dos medicamentos ou pode fazer com que um ou ambos deixem de funcionar. Outras interações medicamentosas podem ser menos perigosas, mas devem ainda assim ser tidas em consideração. Se os níveis de um medicamento forem alterados, poderá ser necessário alterar a dose que se toma – algo que só deve ser feito com recomendação médica.

Se se estiver a tomar Kivexa®, é importante falar com o médico infeciologista ou farmacêutico antes de começar a tomar medicamentos dos seguintes grupos:

Não deve tomar Kivexa® com nenhum dos seguintes medicamentos:

  • emtricitabina
  • lamivudina
  • doses elevadas trimethoprim/sulfamethoxazole
  • cladribine.

Existem outras interações, incluindo com fenitoína, um medicamento usado para tratar a epilepsia, e metadona, usada em substituição da heroína, pelo que é muito importante que o médico saiba que medicamentos os seus utentes estão a tomar.

Posso tomar Kivexa® durante a gravidez?

Existem outros fatores importante para a saúde e tratamento antirretroviral e que devem ser tidos em conta pelo médico ao tomar decisões sobre o tratamento. Por exemplo, se se está a planear a engravidar ou a pensar em tomar anticontracetivos.

O Kivexa® não é recomendado para mulheres que estão a planear engravidar ou que estão grávidas. Se se estiver a considerar engravidar, ou se suspeitar que se está grávida, deve-se falar com o médico assim que possível sobre qual a melhor combinação terapêutica.

Falar com o médico

É importante falar sobre quaisquer dúvidas que se tenha sobre o tratamento ou outras questões de saúde. Por exemplo, se tiver algum sintoma ou efeito secundário que possam estar relacionados com o tratamento, ou se se tiver dificuldade em tomar a medicação todos os dias, o seu médico infeciologista poderá ajudar.

Criar uma ligação com o médico infeciologista é algo que leva tempo. Algumas pessoas sentem-se mais confortáveis a falar com um médico, mas outras não, sobretudo quando se tratam de questões relacionadas com sexo, saúde mental ou sintomas que podem gerar algum tipo de constrangimento. É também fácil esquecer as coisas sobre as quais se quer falar.

Preparar previamente a consulta pode ser muito útil. Deve-se perder algum tempo a pensar no que se vai dizer. Poderá ser útil falar primeiro com alguém ou tomar algumas notas e levá-las para a consulta seguinte. A nossa ferramenta online Talking points poderá ajudar na preparação da próxima consulta – visite www.aidsmap.com/talking-points

Community Consensus Statement on Access to HIV Treatment and its Use for Prevention

Together, we can make it happen

We can end HIV soon if people have equal access to HIV drugs as treatment and as PrEP, and have free choice over whether to take them.

Launched today, the Community Consensus Statement is a basic set of principles aimed at making sure that happens.

The Community Consensus Statement is a joint initiative of AVAC, EATG, MSMGF, GNP+, HIV i-Base, the International HIV/AIDS Alliance, ITPC and NAM/aidsmap
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