"Ninguém deve ser forçado a fazer o tratamento," Eric Fleutelot da Sidaction. ©IAS/Marcus Rose/Worker's Photos
Continuando o assunto da apresentação de segunda-feira sobre as conclusões do estudo HPTN 052, ontem, uma sessão explorou alguns dos desafios a considerar nos programas de tratamento-como-prevenção.
Uma dificuldade, sublinhada pelo Professor Julio Montaner da University of British Columbia, no Canadá, é a proporção de pessoas que ainda desconhece o seu estatuto serológico para o VIH. Existem desafios significativos no desenvolvimento e aplicação de programas de cuidados de saúde que envolvam e retenham as pessoas desde o momento do teste para o VIH, através da disponibilização de cuidados de saúde e do início do tratamento, de forma a assegurar uma adesão a longo prazo.
Uma das ideias que surgiu durante a conferência é a de que é antiético não oferecer o tratamento ao parceiro seropositivo para o VIH, num casal serodiscordante (um casal onde um parceiro está infectado pelo VIH e o outro não). Mas, não há consenso sobre este ponto de vista, com outras pessoas a afirmar que, em algumas partes do mundo, o número de casais serodiscordantes será bastante ultrapassado pelo número de pessoas em outras situações, incluindo aquelas infectadas pelo VIH ainda por diagnosticar.
“Todos as pessoas que vivem com VIH devem decidir individualmente quando e como dar início ao tratamento,” afirmou Eric Fleutelot, Director dos Programas Internacionais da Sidaction. “Ninguém deve ser forçado ou coagido a fazer o tratamento primariamente pelo benefício da saúde pública em substituição da sua saúde ou do seu bem-estar.”
A Organização Mundial de Saúde Mundial vai constituir um painel para observar o papel dos medicamentos anti-retrovirais para o tratamento e prevenção, durante o próximo ano e desenvolver orientações internacionais.
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