Imagem: free.unaids.org
A estratégia para acabar a epidemia do VIH nas crianças e adolescentes foi lançada na conferência.
A estratégia tem por objetivo assegurar que as crianças e adolescentes não são deixados para trás nos esforços para alcançar a meta 90-90-90 (diagnosticar 90% das pessoas que vivem com VIH, colocar 90% em tratamento e destas 90% com carga viral suprimida). Apela para que a terapêutica antirretroviral (TAR) chegue a 1,6 milhões de crianças e 1,2 milhões de adolescentes no período de dois anos.
No cerne da estratégia assume-se que a implementação em larga escala da TAR em crianças e adolescentes apresenta desafios únicos.
Melhorar a taxa do diagnóstico é o primeiro passo. O rastreio em contexto de proximidade (point-of-care testing) deverá ser alargado e haverá mais oportunidades de rastreio fora do contexto formal de saúde.
A TAR deverá ser disponibilizada a todas as crianças e adolescentes, independentemente da idade e contagem de células CD4. Combinações terapêuticas simplificadas são também uma prioridade.
A supressão viral pode ser um desafio, em parte devido às dificuldades de adesão, mas também às resistências. Contudo, as inovações na forma como os serviços de saúde são disponibilizados – tais como, clínicas dirigidas por enfermeiros e integração do apoio de pares – podem ajudar a melhorar a retenção nos cuidados de saúde e os resultados do tratamento.
Os participantes da conferência ouviram dizer que é moralmente urgente, ou seja, imperativo agir de imediato.
Jovens ativistas na AIDS 2016. Fotografia de Liz Highleyman, hivandhepatitis.com
Uma nova investigação demonstrou a importância de agir imediatamente. Durante a Conferência soube-se que a África do Sul está à beira de um aumento brutal da epidemia de VIH na juventude. As taxas de transmissão vertical estão a diminuir, e a sobrevivência das crianças que nascem com VIH melhorou substancialmente. Os dados recolhidos entre 2004 e 2014 confirmaram esta mudança na demografia da epidemia nacional, uma vez que as crianças que nasceram com VIH no início dos anos 2000 entram agora na adolescência e as infeções pelo VIH entre os adolescentes permanecem elevadas.
Os jovens que estão a transitar dos cuidados pediátricos e dos serviços de apoio a jovens para os cuidados de saúde para adultos enfrentam muitas vezes dificuldades no seguimento clinico, sendo também comum terem problemas com a adesão ao tratamento. Os programas de tratamento na África subsaariana foram alertados para a necessidade de planeamento e preparação para o aumento do número de jovens adultos.
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