Conferência de imprensa do CROI 2014. Fotografia de Liz Highleyman, hivandhepatitis.com.
Quais são as hipóteses de alguém com carga viral indetetável transmitir a infeção pelo VIH ao parceiro sexual? “A nossa melhor estimativa é zero”, afirmaram os investigadores do estudo PARTNER através dos resultados dos dois primeiros anos, que envolve casais em que um dos parceiros é seropositivo para o VIH e o outro seronegativo.
O estudo PARTNER, em curso, recrutou até agora 1 110 casais serodiscordantes – e quase 40% destes são casais gay.
As conclusões baseadas nos resultados do estudo HTPN 052, que demonstrou uma redução de 96% na transmissão da infeção pelo VIH quando o parceiro seropositivo inicia tratamento precocemente. Este estudo envolveu maioritariamente casais heterossexuais.
Durante o acompanhamento do estudo PARTNER, todos os parceiros heterossexuais seronegativos para o VIH reportaram sexo vaginal sem uso do preservativo, 72% com ejaculação; 70% dos homens gay seronegativos parceiros reportaram sexo anal recetivo sem uso do preservativo, 40% com ejaculação, enquanto 30% reportou ser apenas o parceiro insertivo. Uma proporção significativa dos casais heterossexuais reportou relações sexuais anais.
Os investigadores estimaram que os casais gay tiveram relações sexuais em 16 400 ocasiões e os casais heterossexuais em 14 000 ocasiões.
Não ocorreram casos de transmissão da infeção pelo VIH quando a carga viral estava abaixo de 200 cópias/ml.
A análise estatística demonstrou que a carga viral indetetável reduziu o risco de transmissão durante as relações sexuais vaginais em 99,5% e nas relações sexuais anais em 99% (96% com ejaculação).
Contudo, os investigadores pensam que a verdadeira eficácia do tratamento como prevenção está perto dos 100%, apesar de, tal como indicado pelo principal investigador do estudo, provavelmente nunca será possível demonstrar com certeza matemática que o risco de transmissão da infeção pelo VIH de uma pessoa sob tratamento antirretroviral eficaz seja zero absoluto.
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