Imagens da apresentação pelo Dr. Cal Cohen, do Community Research Initiative New England (www.crine.org)
Dois estudos apresentados durante a conferência de Viena demonstram que a rilpivirina (TMC278) é tão eficaz como o efavirenze (Sustiva® ou Stocrin®) quando utilizado em combinação anti-retroviral em pessoas que iniciam o tratamento,
A segurança e eficácia da rilpivirina, um inibidor não nucleósido da transcriptase reversa experimental (INNTR), desenvolvido pela Tibotec, foi comparado ao efavirenze nos estudos ECHO e THRIVE. Estes ensaios envolveram 1 400 doentes que iniciavam pela primeira vez a terapêutica anti-retroviral.
Após 48 semanas do ensaio, a proporção de pessoas em cada braço com uma carga viral indetectável foi quase idêntica (84,3% no braço com rilpivirina, 82,3% no braço com efavirenze). Tal demonstrou a não inferioridade da rilpivirina em relação ao efavirenze.
Os doentes que tomaram efavirenze tinham maior probabilidade de interromper o tratamento do que aqueles a fazer rilpivirina (6,7% vs. 2%). Os doentes que tomavam efavirenze tinham três vezes mais probabilidade de reportar efeitos secundários, tais como tonturas e sonhos vívidos.
Os padrões de resistência diferiram entre os doentes a tomar efavirenze ou rilpivirina cuja carga viral voltou a subir. Os doentes tratados com rilpivirina tinham tendência a desenvolver a mutação E138K que causa resistência ao medicamento de segunda linha da classe dos INNTR etravirina (Intelence®). Metade dos doentes que apresentaram falência terapêutica com a rilpivirina desenvolveram resistência ao medicamento e, destes, 90% eram igualmente resistentes à etravirina.
Espera-se que a rilpivirina seja submetida para licenciamento nos Estados Unidos brevemente, e é provável que este produto seja combinado num único comprimido de toma diária juntamente com o Truvada® (tenofovir e FTC)da farmacêutica Gilead.