Myron Cohen, University of North Carolina ©IAS/Marcus Rose/Worker's Photos
O estudo HPTN 052 demonstrou que o tratamento precoce – iniciado com uma contagem de células CD4 entre as 350 e as 550 – reduziu o risco de transmissão pelo VIH para um parceiro não infectado em, pelo menos, 96%. Quase todos os participantes do estudo eram casais heterossexuais.
O professor Myron Cohen afirmou que: “estes são resultados importantes para comunicar a casais serodiscordantes.”
O debate sobre a infecciosidade de doentes sob terapêutica anti-retroviral teve início com a divulgação da “Declaração Suíça”, em 2008, que afirmava que – em determinadas circunstâncias – as pessoas sob terapêutica anti-retroviral com sucesso não eram infecciosas para os seus parceiros sexuais.
No entanto, foi aconselhada prudência. O professor Cohen relembrou aos delegados que a média de duração do acompanhamento no estudo do HPTN 052 foi de apenas 1,7 anos.
Um total de 28 infecções pode estar geneticamente ligada a um parceiro seropositivo para o VIH inscrito no estudo – apenas um destes ocorreu no braço do tratamento imediato (os participantes no braço do tratamento diferido iniciaram o tratamento apenas quando a contagem de células CD4 desceu para as 250).
A transmissão ocorreu durante as primeiras semanas do tratamento. O parceiro transmissor tinha uma carga viral carga viral de base de 87,202 cópias/ml e, após 28 dias, uma carga viral inferior a 400 cópias/ml.
O professor Cohen afirmou que os casais precisam de aconselhamento sobre as possíveis diferenças de riscos entre os primeiros meses de tratamento e os períodos mais tardios.
Os investigadores calcularam que o tratamento reduziu o risco de transmissão em 96%.
No braço de tratamento diferido, a média da carga viral quando as transmissões ocorreram foi de, aproximadamente, 80 000 cópias/ml.
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